Missões Espaciais


Missões à Lua

Apollo (1º bem sucedido)

Apollo 7 foi a primeira missão tripulada do Projecto Apollo e a primeira missão tripulada norte-americana com três astronautas, realizada após a tragédia com a Apollo 1, em Janeiro de 1967. A missão, com onze dias de duração, foi a primeira a utilizar o gigantesco foguete Saturno, de 111 m de altura, na sua versão menor, IB, que viria a ser usado em todas as missões Apollo. Realizado como voo-teste das naves projectadas para a viagem à Lua, a Apollo 7 orbitou a Terra testando os sistemas de suporte à vida, de controle e propulsão da nave.
Com este voo, o comandante da missão, Walter Schirra, tornou-se o primeiro e único astronauta da NASA a participar de todas os programas espaciais tripulados dos Estados Unidos até então, Mercury, Gemini e Apollo. 

URSS


A URSS começou seu programa espacial com uma grande vantagem sobre os EUA. Isto ocorreu porque, devido a problemas técnicos para fabricar ogivas nucleares mais leves, os mísseis lançadores intercontinentais da URSS eram imensos e potentes se comparados com seus similares norte-americano.

Por consequência, os soviéticos foram capazes de colocar o primeiro satélite artificial em órbita (o Sputnik, de quase 84 kg) e o primeiro homem, Yuri Gagarin.

O lançamento da Sputnik foi parte de um esforço de preparação da URSS para enviar missões tripuladas ao espaço. Consistiu de oito voos não tripulados: Sputnik I, Sputnik II, Sputnik III, Sputnik IV, Sputnik V, Korabl-Sputnik-3, Korabl-Sputnik-4 e Korabl-Sputnik-5. Os dois últimos usando naves Vostok e já com padrão compatível com o envio de humanos ao espaço.

Embora a URSS nunca tenha admitido, seu programa espacial incluía planos para pousar homens na (este programa mais amplo chamava-se de LuaLunar L1). A prova disto é a existência de um módulo lunar soviético, chamado de LK lander, mas cuja existência era desconhecida até recentemente no ocidente.

O programa espacial da URSS, durante o período da corrida espacial, consistiu em três projetos (além das missões não tripuladas Sputnik ocorridas antes das missões Vostok e de uma série de sondas enviadas a outros planetas e à Lua): Vostok (nave com capacidade para um cosmonauta), Voskhod (para dois ou três cosmonautas) e Soyuz (para três cosmonautas) que aproximadamente acompanhavam as capacidades de seus congéneres dos EUA: Projecto Mercury, Projecto Gemini e Projecto Apollo.

Porém, nem tudo eram sucessos no lado da URSS. Em um acidente ocorrido na plataforma de lançamento em 1960 dezenas de cientistas e técnicos soviéticos morreram, atrasando os planos soviéticos para o espaço. Mas o pior ocorreu em 1966 com a prematura morte de Sergei Korolev, o engenheiro-chefe do programa espacial soviético. Ainda houve o acidente com a Soyuz 1, em abril de 1967, com a morte do cosmonauta Vladimir Komarov, que atrasou o Projeto Soyuz em 18 meses. Estes fatos somados a falta de verbas, pouco controle de qualidade da indústria soviética e o desinteresse dos militares da cúpula do regime pelo programa espacial foram as principais causas do fracasso dos soviéticos em chegar à Lua.



Missões a Marte

Desde que foi descoberto, o planeta Marte habita a imaginação de cientistas, cineastas, escritores e amantes do espaço. Se há possibilidade de o ser humano viver em outro planeta, esse planeta seria Marte. E foi partindo dessa premissa que várias missões espaciais foram enviadas ao planeta: satélites, sondas, balões, robôs de superfície, balões, exploradores de sub-superfície. Foram 40, desde que a corrida espacial começou em 1960. A maioria lançada pela antiga União Soviética e pelos EUA. Apenas 13 foram bem-sucedidas.

Globalmente as missões enviadas a Marte visam:
• Determinar se houve vida no passado de Marte;

• Estudar o clima de Marte;

• Estudar a geologia de Marte;

• Preparar caminho para a exploração humana.
Das várias missões realizadas a este planeta vão ser abordadas em especial as seguintes: Mars Exploration Rovers, Nozomi e Phoenix.
Com estas missões serão mostradas os seus principais objectivos e resultados.



Mars Exploration Rovers

Objectivos da missão


O principal objectivo dos veículos é explorar as rochas e os solos de Marte a procura de indícios da existência de água em Marte.


Finalidade da pesquisa:
• Pesquisar as diversas rochas e solos, procurando aquelas que tenham sofrido a acção da água, como minerais que tenham sido depositados por evaporação, sedimentação, precipitação ou sofrido a acção hidrotermal.
• Determinar a distribuição espacial e a composição dos minérios, rochas e solos nas vizinhanças dos sítios de pouso.
• Determinar a natureza geológica da superfície local, seja morfologicamente e quimicamente.
• Nos minerais que contenham ferro, identificar e quantificar aqueles tipos que contenham água ou hidróxidos.
• Estudar as camadas e texturas dos minerais dos diferentes tipos de rochas e solos e analisa-los sob o contexto geológico.
• Extrair das rochas estudadas, informações sobre o meio ambiente passado, quando a água estava presente e se houve o desenvolvimento de vida.

Nozomi

Nozomi é uma nave espacial lançada com a finalidade de estudar o planeta Marte, em particular a sua alta atmosfera.
Ela foi lançada em 3 de Julho de 1998 horário JPN ou em 4 de Julho de 1998 horário EST. Ela iria orbitar em torno de Marte a uma altitude média de 890 km.
A missão foi considerada perdida em 9 de Dezembro de 2003.
Objectivos da missão Nozomi

O objectivo científico principal da Nozomi era o de estudar a camada superior da atmosfera de Marte, com ênfase na acção dos ventos solares.
Nozomi seria a primeira nave espacial totalmente dedicada ao estudo da camada superior da atmosfera.


As observações da sonda Nozomi são agrupadas em cinco categorias:
• Campo Magnético de Marte
Não se sabe a onde esteja o campo magnético. A sonda iria exactamente medir a intensidade do campo magnético pela primeira vez.
• A Atmosfera de Marte
A sonda deveria investigar a composição e a estrutura da atmosfera utilizando-se de detectores remotos de raios ultravioletas. Também seria utilizado um pequeno analisador de massa. Nozomi seria capaz de identificar a composição química da exosfera.
• Plasma na Exosfera de Marte
A sonda Nozomi deveria investigar os componentes, a estrutura, a temperatura das ondas de plasmas dentro da exosfera de Marte, com os recentes detectores construídos especialmente para a sonda, algo até então não visto anteriormente.
• Fotografias
Uma pequena câmara a bordo obteria fotos do clima de Marte e de seus dois satélites, Fobos e Deimos. Seria possível ver as tempestades de areia, ver as nuvens e monitorar o crescimento e recuo das capas de gelos polares.
• Poeira
Supõem se que um anel de poeira esteja sendo gerado na órbita de Fobos. O aparelho deveria confirmar esta suspeita se existe ou não.

Phoenix

Phoenix é uma sonda espacial não-tripulada da NASA, lançada de Cabo Canaveral em 4 de Agosto de 2007, com o objectivo de pesquisar por moléculas de água na região do pólo norte do planeta Marte, onde pousou em 25 de Maio de 2008.
O objectivo da sonda é a procura de água e ela pousou próximo ao pólo norte de Marte onde acredita-se existir água congelada. A missão deverá durar cerca de 150 dias marcianos e a Phoenix utilizará o seu braço robótico para cavar o solo marciano. Para analisar as amostras de solo recolhidas pelo braço robótico, a sonda espacial transporta um aquecedor e um mini laboratório portátil de última geração. As amostras serão aquecidas para liberar seus componentes voláteis, que poderão então ter sua composição analisada quimicamente, além de outras características.
Gelo em Marte
No dia 19 de junho, a NASA anunciou que pedaços de um material brilhante e claro do tamanho de dados, no buraco "Dodo-Goldilocks" cavado pela pá do braço robótico da Phoenix, haviam desaparecido no curso de quatro dias marcianos, o que cientificamente implica fortemente em que sejam compostos de água congelada, que evaporou quando exposta na superfície. Apesar de gelo seco, sem água, também evaporar, na condição presente em Marte ele evaporaria muito mais rápido.



Documentário "Grandes missões da NASA"